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O SNMV

O Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários

Formado durante a década de 30 do século passado e com data oficial de constituição a 21 de Abril de 1944, o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários (SNMV) é uma associação livre e independente, representativa de todos os trabalhadores que exercem a atividade de medicina veterinária, agregando associados provenientes de todos os ramos da classe médico-veterinária, independentemente do tipo empregador que os contrata, do sector em que estão inseridos, público ou privado, e da função que exercem.

 

Com sede na Rua Jaime Lopes Dias, 3AB, 1750-124 Lisboa, o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários tem ao dispor dos seus associados um espaço composto por salas de reuniões e um centro de formação com 1 sala teórica e uma sala prática, equipadas com os mais modernos equipamentos audiovisuais.

 

O SNMV dispõe de aconselhamento jurídico permanente aos seus sócios, respondendo com celeridade a qualquer questão.

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A história do SNMV

Por Júlio Henrique Rodrigues

PRIMÓRDIOS

Na época da criação do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários (SNMV), ou seja, anos 30 e 40, a aspiração seria a criação da Ordem o que só viria a acontecer algumas décadas depois, em 1991 como se sabe, mas a fundação dum sindicato foi importante e a forma possível, face à legislação de então, para defesa da profissão e que culminou o empenho de vários colegas ao longo de anos e de muitas reuniões. Numa pequena publicação de bom aspecto gráfico editada em 1951, cuja capa insere o emblema do SNMV, o qual se mantém, e sob o título “ESTATUTOS E CARTEIRA PROFISSIONAL” é transcrito o alvará do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência (INTP), do Sub-Secretariado de Estado das Corporações e Previdência Social integrado na Presidência do Conselho.

Desse alvará com data de 21 de Abril de 1944 (a data formal da criação do nosso Sindicato) transcrevemos:

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“Aprovo os estatutos do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários, que constam de VII capítulos e 53 artigos e baixam com este alvará por mim assinado, com a expressa cláusula de que esta aprovação será retirada quando o Sindicato se desvie do fim para que foi constituído, não cumprir os estatutos, não prestar ao Governo ou Às entidades de direito público as informações que lhe forem pedidas sobre assuntos de especialidade do mesmo Sindicato, não desempenhar devidamente as funções que lhe tiverem sido confiadas, promover ou auxiliar greves ou suspensões da actividade, ou, finalmente, quando infrinja o Estatuto do Trabalho Nacional e a legislação complementar, por cujas disposições sempre e em qualquer hipótese se deverá regular. Determina-se portanto que todas as autoridades a quem o conhecimento deste alvará pertencer o cumpram e façam cumprir e guardar tam inteiramente como nele se contêm”. 

 

Era assinado por aquele Sub-secretário já indicado que era ao tempo Joaquim Trigo de Negreiros. Segue-se uma confirmação com data de 20 do mesmo mês e ano assinada sob selo branco da repartição pelo respectivo chefe e em rodapé indicado estar registado a fls. 13 do livro 15 e publicado no “Boletim do INTP” nº8, de 30 de Abril de 1944.

Os capítulos dos Estatutos tinham os seguintes títulos:

 

  • Denominação, Sede e Fins; Dos Sócios;
  • Da Direcção; Das Secções Regionais;
  • Da Assembleia-geral;
  • Da Mesa da Assembleia-geral;
  • Da dissolução;
  • Disposições Gerais.

O dito documento era assinado por:

 

  • António Jacinto Ferreira, professor catedrático da Escola S.M. Veterinária;
  • António Augusto Ribeiro Cabral, Médico Veterinário da Câmara Municipal de Lisboa;
  • Augusto de Mello, Médico Veterinário em Ourique;
  • Mário Augusto da Costa, major-Médico veterinário, chefe da 1ª Repartição da Direcção do Serviço Veterinário Militar;
  • João Orvalho Teixeira, médico veterinário municipal em Vila Franca de Xira.

Aliás, foram estes colegas os primeiros dirigentes do Sindicato, presidido pelo primeiro citado. Curiosamente, a brochura a que nos vimos a reportar inclui, para além dos Estatutos, mais os seguintes diplomas ou despachos:

 

  • Dec.Lei nº 35.404 que fixava para os organismos corporativos, nos quais estavam compreendidos os sindicatos nacionais, a duração dos mandatos por três anos dos corpos gerentes;
  • Despacho do INTP, fixando as regras das eleições para os Sindicatos Nacionais;
  • Circular nº 64 esclarecendo dúvidas de inter­pretação do anterior despacho;
  • Dec.Lei nº 29:931 sobre regras de pagamentos de quotas e jóias pelos inscritos e, nalguns casos, mesmo pelos não inscritos, nos sindicatos nacionais e sobre as regras gerais relativamente às carteiras profissionais.

Por fim, publicou-se no mesmo caderno a que nos vimos a referir o REGULAMENTO DA CARTEIRA PROFISSIONAL DOS MÉDICOS-VETERINÁRIOS PORTUGUESES o qual foi aprovado pelo mesmo INTP cujo art.º 1º rezava que “A carteira profissional dos médicos-veterinários por­tugueses é documento indispensável para o exercício livre da respectiva profissão” E o art.º 2º dizia que “… Será concedida pelo Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários… e visada pelo INTP”. Obrigava-se à revalidação anual, fixavam-se quantias de emissão e revalidação aos sócios e não sócios, à sua indicação nos documentos legais e no receituário do seu número e a qual substituía o diploma em todos os casos em que a lei não o ordenasse expressamente.

 

Por iniciativa do SNMV realizou-se em 1952 o I CONGRE­SSO NACIONAL DE CIÊNCIAS VETERINÁRIAS cujas actas, comunicações e teses constituem em grosso volume publicado pelo Instituto para a Alta Cultura com 1432 páginas e várias fotos.

O último presidente da Direcção, no período até ao 25 de Abril de 1974, foi Fernando Estrella e Silva, já falecido, que mais tarde, antes e mesmo após a aposentação continuou a colaborar com o Sindicato nomeadamente na problemática dos médicos-veterinários municipais como seu representante em grupos de trabalho nomeados pelo Governo (destacamos o de 1982). Aquando da sessão comemorativa do XX aniversário do Sindicato, em 1964, sob a presidência do Director-Geral do Trabalho e com várias outras entidades convidadas, Estrella e Silva pro­feriu uma larga conferência intitulada “VETERINÁRIOS MUNICIPAIS, DA SUA MISSÃO, LIMITAÇÕES E ANSEIOS” a qual foi editada em 1969. Aliás, nunca é demais referir que este colega lutou notavelmente pela causa dos médicos-veterinários municipais com inúmeros escritos, diligên­cias, palestras, etc. de par com outros distintos colegas tais como António Madureira, Amadeu Baptista Ferro e Manuel Santos Oliveiros, luta essa antes e depois do 25 de Abril de 1974.

APÓS A MUDANÇA DE REGIME OPERADA A PARTIR DO 25 DE ABRIL DE 1974

Estatutos actuais: Os Estatutos ainda em vigor foram aprovados em assembleia-geral de 28.6.1975, homologa­dos pela Direcção Geral do Trabalho em 12.Set.1975, e são constituídos por 126 artigos. Tem havido ao longo dos anos pequenas alterações de pormenor para melhor adaptação pontual à realidade vivida, nomeadamente em relação ao valor das quotas e jóia e alargamento do exer­cício de mandatos de dois para três. Várias vezes se programou a revisão geral dos Estatutos mas, até ao pre­sente, não foi concretizado.

Direcções: (membros efectivos sobretudo) QUE SERVI­RAM O SINDICATO até à actualidade pela ordem indicada no livro de tomada de posse, apenas com excepção do presidente nalguns casos:

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Publicação dos Estatutos em Diário da República 1975

1974-1976

Comissão administrativa constituída por António Silvério Limão de Oliveira, Alfredo Jorge Silva e José Francisco Soares Cardoso Pessoa que promoveu a aprovação de novos Estatutos em assembleia geral de 28.6.1975, de acordo com a lei sindical, bem como as eleições que deram lugar aos primeiros Corpos Gerentes pós-25 de Abril.

1977-1979

António Silvério Limão de Oliveira, presidente: Adolfo Ribeiro Lima; Alfredo Jorge Silva; José Francisco Soares Cardoso Pessoa e Rui Monteiro da Câmara e Sousa.

1980-1982

Mário Nascimento Maria, presidente; Maria Helena Alvelos Dias Gomes; Júlio Henrique Rodrigues; Edmundo Gouveia Andrade Pires; António José Carreira Carlos Ribeiro que não completou o mandato sendo substituído por Raul de Freitas Reis Pereira. O membro substituto Joaquim António Carreto Cunha participou também largamente na gerência sindical activa.

1983 – 1985

António Martins Godinho, presidente; Júlio Henrique Rodrigues, que não completou o mandato (por ausência do país), sendo substituído por Carlos Adelino Serras Rito; Luís Alberto Sacadura de Lima Orvalho; Carlos Manuel Pestana Fragoso de Almeida; Ângelo do Sacramento Nunes de Almeida.

1986-1988

José Carlos Miguéis Nunes Duarte, presidente; Belmira Maria Monteiro Carrapiço; Carlos Manuel Gouveia Fiadeiro; Francisco de Assis Lopes Ruano; Carlos Eduardo da Silva Morbey.

1989-1991

José Augusto Cardoso Resende, presidente; Edmundo Gouveia Andrade Pires; Artur Eduardo Rosa Martins Figueiredo Nunes; Domingos António Pulido Pereira; João Manuel Perpen Mota Alvoeiro.

1992-1994

Rui Manuel Contente da Silva Marques Leitão, presidente; Henrique Luís Rodrigues Sales Henriques; António José Rosinha; João Manuel Moleiro Lourenço; Luís Alberto dos Santos Fragoso da Silva.

1995-1997

Edmundo Gouveia Andrade Pires, presidente, que não completou o mandato (por nomeação para cargo na administração pública); António Ernesto Miranda de Figueiredo; António José Rosinha; João Manuel Perpen Mota Alvoeiro, que assumiu depois a presidência em sub­stituição; Maria Paula Évora Águas.

1998-2000

João Perpen Mota Alvoeiro, presidente; Fernando Manuel Soares da Silva; Odete Costa; Maria Paula Évora Águas; José Elias Gabirro Fernandes.

2001-2003

João Perpen Mota Alvoeiro, presidente; Edmundo Gouveia Andrade Pires; Fernando Manuel Soares da Silva; José Elias Gabirro Fernandes; Sofia Irene Assoreira Almendra; participaram activamente na gerência sindical activa os membros suplentes José Manuel Baço Saramago que porém não completou o mandato, por ter assumido um cargo na OMV, e Bruno Filipe Esteves Medina Rolo, assim como o presidente da assembleia geral (Júlio Rodrigues) este a convite da direcção.

2004-2006

Direcção em exercício: Edmundo Gouveia Andrade Pires; Francisco António Nobre Góis Camacho; João Luís Correia Leandro Afonso; João Pedro Duarte da Silva; João Manuel Lopes Gonçalves.

Assembleias-gerais: No mesmo período, ou seja, pós revolução do 25 de Abril e até ao presente, Joaquim Alberto da Cruz e Silva presidiu à assembleia-geral constituinte que aprovou os novos estatutos em 1975, como se referiu. Depois presidiram à Mesa da Assembleia-geral:

1977-1979

Joaquim Salvado Valente (1977/9) embora o vice-presidente Manuel Carvalho Varela tivesse assumido o exercício por uma ou mais vezes.

1980-1982

António Augusto Pereira de Matos

1983-1985

Hernâni Lobo Baptista

1986-1988

Manuel Cardoso Domingos da Lage

1989-1991

Alfredo Jorge Silva

1992-1994

Pedro José da Cunha Fernandes Alcântara

1995-1997 e 1988/2000

Manuel Abreu Dias (cumprindo assim dois mandatos)

2001-2003

Júlio Henrique Rodrigues

2004-2006

João Perpen Mota Alvoeiro

Como órgão consultivo existiu estatutariamente o Conselho Permanente formado por cinco membros eleitos quadri­enalmente, entre os sócios de reconhecido mérito profissional e que houvessem contribuído para o prestígio e aperfeiçoamento das ciências veterinárias. Desde 1977 até 1992, “extinto” aquando da fundação da Ordem dos Médicos-Veterinários (OMV), exerceram funções quatro Conselhos Permanentes.

 

Muitos foram e são os Delegados Sindicais nos distritos. Nas regiões autónomas, nas empresas, em organismos públicos e até em Macau ao tempo da administração portuguesa. Alguns exerceram o cargo por vários anos. Havendo mesmo casos de colegas que abnegadamente os assumiram por mais de duas décadas.

 

1º Código Deontológico


Após várias sessões da assembleia-geral, foi finalmente aprovado em 17 de Novembro de 1979 o 1° CÓDIGO DEONTOLÓGICO MÉDICO-VETERINÁRIO PORTUGUÊS. Documento esse proposto pela então direcção (Limão de Oliveira, Cardoso Pessoa, Jorge Silva e Adolfo Lima). Com a criação da OMV e subsequente aprovação do actual Código vinculativo, aquele deixou de ter eficácia por óbvia revogação.

O 50º Aniversário (21 de Abril de 1994)


Com o empenho da direcção então em funções, presidida por Rui Leitão, os 50 anos foram comemorados também com solenidade. Em cerimónia a preceito foi atribuído o título de Sócio Honorário, obviamente aprovado antes em assembleia-geral como é estatutário, a diversos médicos veterinários, a saber:

01 — António Jacinto Ferreira;

02 — Mário Augusto da Costa;

03 — Augusto Guerreiro Themudo e Melo;

04 — Carlos Niza Lavadinho;

19 — Alberto Manuel Augusto de Almeida Lança;

22 — Gustavo da Silva Mora;

25 — José Joaquim da Costa Júnior;

26 — António Gonçalves Carinhas Júnior;

35 — Manuel António Quintas Saraiva;

39 — Joaquim Nunes da Silva Araújo;

43 — António Namorado Barrocas;

44 — Hersílio Pires Alves da Silva;

58 — Alfredo Lopes Valente;

59 — Manuel Granja Fernandes;

66 — Mário Baptista Brás;

67 — Arnaldo Gomes de Almeida;

73 — Ivo Ferreira Soares;

74 — José Ascensão Gonçalves;

82 — Elísio Amílcar Coelho Mendes da Rocha;

84 — José Januário Alves de Oliveira.

Na mesma cerimónia foram homenageados outros colegas estrangeiros: Prof. Dr. Valère Bienfet; Angel Robles Delgado e Henrique Castellã.

Publicações, Congressos, Outros eventos e filiações:

Com periodicidade, foi sendo publicado um interessante “Boletim Informativo” do Sindicato de 1975 até 1977, pelo menos (pois só possuímos os nºs 5 – Out.75 ao 8 – Mai.77).

Em 1989 foi criada a “Tribuna Veterinária” que durou alguns anos. Em 1990 iniciou-se a publicação da revista “Veterinária Técnica” que teve uma interrupção e volta agora a publicar-se em nova série.

Sob a sua exclusiva égide ou em co-organização com outras instituições veterinárias realizaram-se vários eventos dos quais, pela sua importância, destacamos:

  • As 12ªs Jornadas Veterinárias 1984 (Hotel Penta em Lisboa, 600 participantes);
  • 1º e 5º Congresso Internacional de Medicina Veterinária em Língua Portuguesa (1984, Fundação Gulbenkian Lisboa, 250 participantes e Funchal 1990, 375 participantes);
  • 1ªs Jornadas Veterinárias (Lisboa 1984, 200 participantes);
  • III Congresso Nacional dos Médicos Veterinários (Lisboa 1989, 180 participantes);
  • Congresso do 50º Aniversário do Sindicato (Universidade Católica, Lisboa 1994, 86 participantes);
  • Encontro “A Profissão Médico-Veterinária e a Sociedade” (E.Z.N. – Santarém 1992 – 230 participantes);
  • I Congresso Ibérico de Veterinária (Lisboa 1994, 180 participantes).

Desde 1978 o SNMV é organismo observador na Federação dos Veterinários Europeus, FVE, tornando-se seu membro efectivo em 1989. Tiveram lugar em Portugal duas Assembleias-gerais da FVE. O SNMV integrou muitos Grupos de Trabalho Inter­-Ministeriais dos quais destacamos:

  • G. T. Para a resolução da Problemática dos Veterinários Municipais (1980 e 1985) e G.T. Para revisão da legislação relativa aos Animais de Companhia (1997/1998).
  • Realizou vários Cursos de aperfeiçoamento, reciclagem ou de novos temas técnicos mas seria fastidioso enumerá-los.

Greves com caderno reivindicativo autónomo da profissão:

Uma greve de grande retumbância que abalou o País, em termos de abastecimento de carne sobretudo, e com larga percussão mediática foi a efectuada pelos médicos veterinários municipais em Dezembro/79 e Janeiro/80, como forma de luta para serem enquadrados no grupo do pes­soal técnico superior das autarquias e que determinou a publicação do Dec.Lei 143/83, de 30 de Março. Outras greves foram decretadas pelo Sindicato nomeadamente na da Páscoa de 1985, pela reestruturação dos Serviços Veterinários Nacionais e, mais recentemente, a de Dezembro 1998, determinante para a integração no quadro de 140 colegas tarefeiros e a criação da Inspecção Veterinária nas lotas de pescado com contratação de 42 colegas.

Picture of Escrito por: Júlio Henrique Rodrigues

Escrito por: Júlio Henrique Rodrigues

(Antigo Dirigente e delegado sindical)

A história recente do SNMV

Criação da OMV - 1988 a 1991

O Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários foi um dos organismos impulsionadores da criação da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), tendo-lhe sido confiada, sob a presidência do Dr. José Carlos Miguéis Nunes Duarte, a redação dos Estatutos da Ordem, que viriam depois a ser aprovados pelos médicos veterinários, tendo assim originado o estabelecimento de contactos com o Governo e a Assembleia da República para definir a fórmula jurídica da OMV e sensibilizar estes órgãos para a necessidade dos médicos veterinários em organizar-se em torno de uma associação capaz de os representar e de auto regulamentar de forma autónoma a profissão.

O enorme esforço e dedicação desta Comissão pró-Ordem, constituída pelos colegas Dr. Renano Henriques, Dr. Pena Monteiro, Dr. Carmo Costa e Dr. Jorge Silva, a qual agregou também, por inerência, o Presidente da Sociedade Portuguesa das Ciências Veterinárias, Dr. Costa Durão e o já referido Presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários, conduziram à elaboração por parte da Assembleia da República do Decreto-Lei, que viria a constituir o Estatuto pelo qual a Ordem dos Médicos Veterinários se deveria reger.

Na sequência destas iniciativas, é publicado o Decreto-Lei 368/91 de 4 de Outubro, para concretizar a instalação da Ordem dos Médicos Veterinários, e o Dr. José Augusto Cardoso Resende, então presidente do SNMV, integrou esta primeira Comissão Instaladora da OMV designada pelo Governo.

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Do SIRA ao SIAC - 1992 a 2023

Antecedendo a definição legal de “bem-estar animal”, pareceu fundamental ao Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários, para salvaguarda quer da saúde pública, quer da saúde animal, bem como da defesa dos animais, explorar o conceito de identificação animal, mediante o uso da identificação eletrónica e o lançamento de uma base de dados para os fins em vista. Foi neste sentido que foi criado em 1992 o Sistema de Identificação e Recuperação Animal (SIRA). À data da implementação do SIRA, a identificação de animais de companhia, designadamente cães e gatos, não era obrigatória e não estava regulamentada por lei. Entretanto a legislação foi sofrendo alterações e em 2003, com a publicação do Decreto-Lei n.º 313/2003, de 17 de Dezembro, foi criado o Sistema de Identificação e Registo de Caninos e Felinos (SICAFE), mantido pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que veio estabelecer as exigências legais em matéria de identificação eletrónica de cães e gatos, enquanto animais de companhia, e o seu registo numa base de dados nacional. 

 

De forma a regular a detenção de animais de companhia, a controlar devidamente a comercialização animal e a tornar mais eficaz o quadro legal existente para o reforço da detenção responsável dos animais de companhia é criado em 2019 o Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC).

Assim,  e de forma a dar satisfação à Resolução da Assembleia da República n.º 155/2016, de 01 de Julho, tendo esta então recomendado ao Governo a fusão dos dois sistemas existentes, SIRA (1992) e SICAFE (2003), foi aprovado em Conselho de Ministros a 30 de Maio 2019 o Decreto-Lei n.º 82/2019, de 27 de Junho, estabelecendo a criação do Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC), com entrada em vigor a 25 de Outubro de 2019. Inicialmente sob a responsabilidade da DGAV, cabe atualmente ao  Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a  tutela  do SIAC, sendo o SNMV a entidade responsável pela sua gestão.

 

Criação da Codivet - 2004

Sob a presidência do Dr. Edmundo Gouveia Andrade Pires, o SNMV foi o principal impulsionador da criação CODIVET – Cooperativa de Distribuição e Comercialização de Produtos Veterinários (2004), uma cooperativa desenhada de forma a colocar no ciclo do medicamento veterinário a perspetiva do próprio médico veterinário assim como os seus interesses técnicos e éticos, sem descurar, no entanto, a função da sua natureza cooperativa, ou seja, a não perseguição de fins lucrativos. 

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Nova sede do SNMV e remodelação do espaço - 2019 a 2023

Em fevereiro de 2019 o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários mudou a sua sede, até então no Chiado, para o Lumiar. A procura por um espaço maior, com melhores condições e que pudesse trazer benefícios para os seus associados, foi predominante na tomada de decisão. Sob a presidência do Dr. Eduardo Correia, em 2022, iniciaram-se as obras de remodelação do espaço com a criação de um centro de formação equipado com duas salas com capacidade para um total de 60 formandos e munidas de equipamento audiovisual de emissão, gravação e transmissão de vídeo e áudio. O espaço foi também equipado com uma copa e três casas de banho de apoio às salas de formação.

Cronologia dos membros da direção do SNMV

2004-2008

Direção: Edmundo Gouveia Andrade Pires (Presidente), Francisco António Nobre Góis Camacho, João Luís Correia Leandro Afonso, João Pedro Duarte da Silva e João Manuel Lopes Gonçalves.

2008-2010

Direção: Francisco António Nobre Góis Camacho (Presidente), António Manuel Silvestre Batista, João Pedro Duarte Silva, Eduardo Manuel Mata Pimentel Tavares e Miguel De Abreu Nunes De Almeida.

2010-2016

Direção: Miguel De Abreu Nunes De Almeida (Presidente), Carlos Alberto Videira Mota Coelho, Eduardo Geordano Ferraz Vieira Correia, Joaquim Seguro Dias, Manuel Vicente De Freitas Martins, Odete Costa, Bruno Filipe Esteves Medina Rôlo, Eduardo Manuel Mata Pimentel Tavares, Hélder Manuel Martins P. Gonçalves Fernandes e Miguel Ângelo da Costa Lemos Fernandes.

2016-2018

Direção: Eduardo Manuel Mata Pimentel Tavares (Presidente), Eduardo Geordano Ferraz Vieira Correia (Tesoureiro), Bruno Filipe Esteves Medina Rôlo (Vogal) e Miguel De Abreu Nunes De Almeida (Suplente).

2019-2021

Direção: Eduardo Geordano Ferraz Vieira Correia (Presidente), Bruno Filipe Esteves Medina Rôlo (Tesoureiro), Eduardo Manuel Mata Pimentel Tavares (Vice-Presidente), Manuel Filipe D’Argent de Figueiredo (Vogal) e Miguel De Abreu Nunes De Almeida (Vogal).

2022- até ao presente

Direção: Eduardo Geordano Ferraz Vieira Correia (Presidente), Bruno Filipe Esteves Medina Rôlo (Tesoureiro), Eduardo Manuel Mata Pimentel Tavares (Vogal), Miguel De Abreu Nunes De Almeida (Vogal) e Fernando Jorge Lopes Gomes da Silva (Vogal).

Consulte também o nosso arquivo histórico aqui.

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